Por Amanda Magnani – Depois de passar seis meses de intercâmbio universitário na Cidade do México, decidi conhecer o Sul do país. Comecei com um roteiro de quatro dias pelo Estado de Yucatán. A região é maravilhosa e tem muitas coisas interessantes.
O México é um país alegre e colorido. Além de praias lindas, monumentos de diferentes períodos históricos e culinária inigualável, o país é lar de um povo extremamente cálido e gentil. Sem falar que é um país onde todos amam o Brasil! Quando se diz “soy brasileira”, não é raro ouvir, com sotaque bem carregado: “Eu sei falar português”, ou escutar um pequeno trecho de uma música de Roberto Carlos.
Comecei minha viagem por Mérida, capital da Península da Yucatán, onde fiquei hospedada na casa de Carolina, grande amiga da faculdade. Não visitei muito a cidade, pois queria estar com Carolina e sua família. Usei Mérida como ponto de apoio para ir e vir dos lugares que desejava visitar.
Mas estando em Mérida é preciso experimentar os pratos tradicionais yucatecos, os “panuchos” e os “salbutes”, que são parecidos com tacos, mas os recheios (tortilhas) são muito diferentes. As refeições em Mérida (e no México em geral) não costumam ser caras. É possível comer bem por menos de R$ 30, em média, 120 a 150 pesos, dependendo da variação cambial.
No segundo dia de viagem, visitei Chichen-Itza, capital do Segundo Império Maia e uma das sete maravilhas do mundo. Há várias opções de ônibus que saem de Mérida em direção à Chichen-Itza com diferentes valores, de acordo com o conforto oferecido. A viagem demora aproximadamente duas horas de ônibus. De carro, pela auto-estrada demora bem menos. O ideal é ir pela manhã bem cedo por duas razões: o sítio arqueológico lota rapidamente e o calor que faz ali é insuportável. Existem poucas árvores e sombra para se esconder do sol. É cobrada uma taxa de entrada mas, por ser estudante, tive isenção da taxa.
O sítio arqueológico é repleto de informações. Caso você não queira pagar um guia, como eu fiz, os dados estão em placas perto de cada monumento. O valor cobrado por um deles é de aproximadamente 150 a 200 pesos, o que equivale a R$ 30 e 50 reais (existe muita variação cambial – tanto em real como em dólar). Os guias são facilmente encontrados na entrada do sítio. Confira somente se são credenciados: verifique uniforme e crachá.
No terceiro dia fui a Celestún, uma pequena vila de pescadores. Dá para ir de ônibus. A vila de Celestún é muito pequena e a rodoviária local é um excelente lugar para se pedir informações. Para conhecer a Reserva da Biosfera Ria, um barco se faz necessário. Eles são encontrados na praia, mas recomendo averiguar se o barco escolhido está realmente autorizado a fazer o passeio: para sua segurança e segurança da reserva.
A principal atração do local são os flamingos que podem ser avistados em algum momento ao longo do passeio de barco. O barco não se aproxima muito dos animais para não assustá-los. Mas a experiência é incrível!
Piscina natural
O passeio envolve ainda uma parada em uma piscina natural onde é possível nadar. Para chegar lá, o barco passa por espécies de túneis, formado por uma vegetação que se parece muito com a dos nossos mangues.
Como se isto não bastasse, em Celestún, come-se peixes e frutos do mar em palapas (restaurantes com tetos de palha) por um preço muito acessível. È possível pegar uma praia antes de voltar para Mérida.
Cenotes
No último dia em Yucatán, visitei três cenotes com minha amiga Carolina. Cenotes são como cavernas, normalmente subterrâneas, que abrigam piscinas naturais de água cristalina. São muito comuns nesse Estado mexicano – e é uma ótima forma de se refrescar no calor! Alguns cenotes estão localizados em propriedades privadas, onde pode ser que você tenha que pagar para entrar.
A água dos cenotes é cristalina e dependendo do tamanho da entrada de luz ou da profundidade da caverna, podem ser tão escuros que precisam de iluminação artificial (por isso a qualidade da foto).
Em Homún, perto de Mérida, existem vários cenotes abertos à visitação. Fomos até lá no carro de um amigo, mas existem Kombis no centro da cidade que te levam até lá.
Bicitáxi
Chegando ao povoado, pode-se contratar um guia, que te levará aos cenotes em um “bicitaxi”. É importante combinar o passeio antes de começar, pois é possível visitar várias piscinas naturais em um único dia.
O preço é bem acessível. Parte dos guias é de origem indígena, população marginalizada no México. É importante valorizar o trabalho que está sendo contratado.
Se quiser conhecer mais do Sul do México, pode combinar essas sugestões com outro roteiro de quatro dias em Chiapas.
Se você gostou, curta nossa página e compartilhe conosco suas histórias e aventuras!
Amanda Magnani
Amanda (M) é uma intercambista nata. Está em processo de treinamento para ser mochileira. Viajar, aprender novos idiomas e conhecer pessoas são algumas das coisas preferidas de sua vida. Nas horas vagas estuda jornalismo, mas por favor, não pergunte a ela o que pretende fazer quando se formar.
comentários