Patricia Lamounier (texto & fotos) – Imagina um país com uma enorme herança cultural e muito diferente de qualquer outro lugar no Ocidente. Assim é o Japão. Um país de grande diversidade, um país que diverge inclusive dentro dele mesmo.
Preservar tradições é importante e necessário para o japonês. A cultura passa de geração a geração por meio das técnicas milenares do “modo do fazer”, dos rituais religiosos nos templos budistas e xintoístas, do modo de cozinhar, das etiquetas. Tudo a seu tempo e hora…
Por outro lado, é um país cuja tecnologia é uma das mais avançadas no mundo. A indústria tecnológica é sua principal fonte de renda, com destaque para os produtos de informática, eletrônica, robótica e nanotecnologia.
O Japão tem trem-bala, carro movido a energia solar, jovens conectados aos mais avançados aparelhos eletrônicos…
Seus arranha-céus são gigantescos e os designs, maravilhosos. As luzes da cidade de Tóquio não te deixam dormir à noite….
A cultura japonesa se desenvolveu lentamente ao longo dos tempos. É o resultado das várias migrações do continente asiático e das ilhas do Pacífico. Após a Segunda Grande Guerra, o país recebeu maciça influência da cultura estrangeira, principalmente européia e americana.
O país exporta cultura e é único nas artes da Ikebana e Origami. Também é único nos objetos lacados, no Kabuki (espetáculo de canto e dança), nos animes e mangás.
O Japão tem imperador mas é uma monarquia constitucional parlamentar. Ou seja, junto e misturado. E por isto, se tornou único, interessante e maravilhoso de se visitar!
(Fotos abaixo, no sentido horário: Vila de Shirakawago, templo japonês em Tóquio, cerimônia do chá em Quioto e armaduras da época do Shogunato, em exposição no Museu de Tóquio)
O JAPÃO, SUAS ILHAS E SEUS HABITANTES
O Japão está localizado no continente asiático, no chamado “Círculo de Fogo do Pacífico”. Ganhou este nome devido às instabilidades tectônicas e atividades vulcânicas.
É integrado por mais de 4 mil ilhas. As principais são: Honshu, Hokkaido, Shikoku e Kyushu. Elas ocupam 97% da área total do arquipélago. O país estende por mais de 3,2 mil quilômetros.
O fuso horário tem uma diferença de 12 horas do horário de Brasília.
As principais cidades do Japão são: Tóquio, Osaka, Yokohama, Nagóia, Sapporo, Kobe, Quioto, Fukuoka e Sendai. A Ilha de Honshu é a maior delas (60% do território). Tóquio está ali!
O Japão tem uma população de 127 milhões de habitantes, sendo o 10º país mais populoso do mundo! Mais de 3/4 da população vive nas cidades, concentrada na faixa que vai de Tóquio até Fukuoka.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é o 10º do mundo.
CLIMA, RELEVO & HIDROGRAFIA
As 4 estações são muito definidas no Japão. O verão (junho, julho e agosto) é quente, úmido e com chuvas intensas. A temperatura média gira em torno de 30ºC a 40ºC.
No inverno (dezembro, janeiro e fevereiro), a temperatura média varia de 0ºC à 5ºC, podendo subir a 10ºC em algumas regiões. Neve é comum neste período. Os Alpes japoneses são marcados por nevascas intensas. E os ventos são fortes em todo o arquipélago.
Já o outono (setembro, outubro e novembro – estação linda!) é caracterizado pelas folhas vermelhas e laranjas mas também pelos tufões. Cerca de 35 deles atingem o arquipélago nesta época do ano.
A temperatura na primavera (março, abril e maio – época das cerejeiras e da explosão de cores e flores!) oscila muito. Assim como no outono acontece o Momijigari – quando os japoneses se deslocam para apreciar as famosas folhas de outono –na primavera ocorre o fenômeno chamado Sakura Senzen. As flores das ameixeiras e das cerejeiras começam a desabrochar….
O feriado nacional de primavera é chamado de Golden Week e acontece próximo aos dias 20 e 21 de março. Este feriado é de grande importância para os japoneses e todos viajam!
A maior parte do território japonês é bastante acidentado. 72,8% da superfície é composta por montanhas (grande parte de origem vulcânica) e planaltos.
No Japão existem mais de 80 vulcões ativos atualmente. Em Honshu (ilha principal) existe uma cadeia montanhosa com mais de 3 mil metros de altura. O ponto mais alto é o Monte Fuji com 3.776 metros.
O Rio Shinano, com 367 quilômetros é o mais importante. Os rios Ishikari, Tone e Chubu também são de grande destaque na hidrografia japonesa. Os cursos do rios são influenciados pela topografia do arquipélago, proporcionando fortes correntezas em direção ao mar.
(Fotos abaixo: Cores da primavera e do outono no Japão)
A BANDEIRA JAPONESA
A bandeira japonesa é retangular, branca, com um grande círculo vermelho ao centro. Este círculo simboliza o Sol. Ela é denominada Nisshōki (Bandeira do Sol) e só foi promulgada, pela Lei sobre a Bandeira e o Hino Nacional, em 13 de agosto de 1999. A bandeira é conhecida comumente como Hinomaru (Disco Solar).
A história é longa…. O Hinomaru (disco solar) foi usado pelos daimyos e samurais em suas bandeiras. Durante o período Meiji, o disco solar e a Bandeira do Sol Nascente da Marinha Imperial do Japão tornaram-se símbolos do Império Japonês.
A bandeira do Sol Nascente é aquela com um círculo vermelho e 16 listras fazendo “alusão” aos raios solares. Ela era a bandeira oficial do Exército Japonês, quando o feudalismo foi derrubado pelo Imperador Meiji, em 1870. Uma época de grande desenvolvimento para o povo japonês, que até então, considerava os estrangeiros como selvagens.
Enfim, esta bandeira foi utilizada pelos militares durante as guerras e batalhas. Depois de conquista do local, era substituída pela bandeira Himoraru (bandeira do sol), como símbolo da conquista, da pacificidade, sorte e mostrando que aquele lugar era oficialmente japonês!
Em 1937, a bandeira do Sol Nascente foi usada pelo exército na conquista de Nanjing (China). Essa batalha ficou conhecida como o “Massacre de Nanjing”. Uma verdadeira atrocidade durante a II Grande Guerra. Em 1945, quando o Tribunal Militar Internacional revelou detalhes sobre os acontecidos, o exército japonês caiu em descrédito assim como o orgulho pela bandeira do Sol Nascente. O assunto ainda hoje é muito delicado nas relações entre China e Japão.
Enfim, a bandeira do Sol Nascente é considerada uma bandeira ofensiva para os japoneses e para os países colonizados pelo Japão. Então, por favor, não mencione e não pergunte!!!
A PERCEPÇÃO DA BANDEIRA PARA O JAPONÊS
Para alguns japoneses, o uso da bandeira hasteada nas casas significa nacionalismo extremo. Para outros, representa eventos referente à guerra e à presença militar.
Mas para a maioria, a bandeira Hinomaru (a da bola ou círculo vermelho!) representa o Japão, com suas tradições, costumes, história e força. Para estes, nenhuma outra bandeira poderia representar o Japão tão perfeitamente quanto esta.
A LÍNGUA JAPONESA
Pouco se conhece da origem da língua japonesa. Entretanto, no século 3, alguns documentos chineses revelaram palavras japonesas. E no século 7, vários textos japoneses apareceram na China. É sabido que os chineses tiveram influência na fonologia e no vocabulário japonês. Mas apesar da língua japonesa usar muitos caracteres chineses na escrita, o japonês não tem relação “genética” com o chinês!
Entre os séculos 12 e 17 muitas transformações aconteceram com a língua. O dialeto falado (padrão) passou a ser o dialeto de Edo (hoje Tóquio) e não mais o dialeto de Kansai. A partir do século 18 até meados do século 19 houve empréstimo de um grande número de palavras das línguas europeias.
O japonês possui a seguinte sequência: sujeito-objeto-verbo. Não existe artigos nem gênero. É meio complicado entender especialmente porque o sistema japonês de escrita usa 2 formas: o Hiragana e o Katakana. Além disto, a escrita é de cima para baixo e da direita para a esquerda!
O INGLÊS
A maior parte dos japoneses acima de 40 anos falam um inglês muito precário ou não falam. Os jovens estão mais preparados. Portanto, peça informações aos jovens! Especialmente para situações relacionadas à transporte ou lugares! Eu já participei de situações hilárias… Uma vez na estação de trem de Osaka, um turista indiano pedia informação no guichê. Ambos falavam a mesma coisa, mas um não entendia o outro por causa do sotaque!
Outra vez, o segurança do banco em Tóquio me viu chegar para pedir informação. Ele ficou tão apavorado que chamou o gerente. E como o gerente também não sabia inglês, me deu um papel com as instruções desenhadas! Funcionou, mas eu não consegui perguntar!
Em um café em Shinjuku, um bairro em Tóquio, notei que o atendente estava em treinamento. Vi apreensão nos olhos dele ao pensar que ia receber um pedido numa língua que ele não dominava! Para poupá-lo da situação apontei para uma fotografia (com escrito em japonês). Era uma xícara com um liquido fumegante preto! Imaginei café… Parecia, mas não era! Era um novo tipo de chá, sem gosto algum mas com cor de café! Bebi assim mesmo!
Dica: Os habitantes de Tóquio não são muito adeptos a conversas. Se quiser trocar impressões, tente os habitantes de Osaka e Quioto. Ali todos ajudam e adoram parar para conversar! Especialmente se você falar que é brasileiro!
Acho válido os tradutores instalados nos celulares. Mas eles acabam com boa parte da diversão!… Use a mímica!
RESPEITO E COLETIVIDADE
O povo japonês preza pela coletividade, pelo respeito e educação. Raro ver um japonês levantar a voz ou se alterar. Lá, não existe apertos de mãos, abraços ou beijos. Pessoas se curvam para se cumprimentarem. Desde a mais tenra idade, através dos pais, avós e professores eles aprendem a se curvar. Como turista, uma singela inclinação de cabeça e uma ligeira balançada do tronco para frente (como se fosse pegar algo) já é o bastante.
É comum os japoneses usarem máscaras. Evita transmissão de doenças, por mais simples que pareçam!
Nunca use o primeiro nome da pessoa. Sempre sobrenome adicionado de Sr. ou Sra. (Mr. ou Ms.). E nunca gesticule muito. Eu tenho este habito de conversar usando as mãos e sempre tenho que me policiar!
O japonês nunca fala “Não!”. Em vez disto, você ouvirá palavras como: “difícil”, “complicado” ou “talvez exista um problema”. Isto significa NÃO!
Use as 2 mãos quando der ou receber presentes ou cartões de visita.
Atrasos são considerados inaceitáveis! Muuuita falta de educação!!! Aliás muita coisa é considerada falta de educação por lá… Falar enquanto estiver no toilet ou fazer algum barulho (por isto da música no banheiro!), falar alto ou no celular em ônibus e trens, comer nos metros e ônibus…. Regrinha básica: não chame atenção para você!!!
ETIQUETA À MESA
Essencial saber se comportar à mesa. Tanto para o dia-a-dia como também para os negócios!
Em qualquer lugar, sente-se ereto e nunca apoie os braços sobre a mesa. O garçom lhe trará uma toalhinha úmida e quente. Use-a para limpar as mãos antes de comer. Depois dobre-a cuidadosamente e deixe sobre a mesa. Não use como guardanapo ou para limpar seu rosto, braços ou qualquer outra parte do seu corpo. Ah! E jamais limpe a mesa com ela!!! Na falta da toalhinha, você receberá lencinhos umedecidos. O propósito é o mesmo!
Em restaurantes turísticos, garfo e faca são disponibilizados. Nos restaurantes típicos japoneses é mais complicado. Eu sou desajeitada com os hashis (pauzinhos) mas nunca passei fome! Então sugiro que você aprenda à usá-los! Vá praticando… E não gesticule com os pauzinhos enquanto estiver falando e comendo! Na mesa, os hashis sempre ficam na paralela e apoiados no descanso: hashick (caso tenha!)
Não espere ajustes ou flexibilidade nos restaurantes. Nem todos irão mudar os pratos por causa de sua exigência ou preferencia alimentar!
Espere todos serem servidos para começar a comer. Se for um jantar formal ou de negócios, aguarde pelo discurso e brinde antes de começar a beber. A palavra para “saúde” é Kampai! Então, Kampai e não abuse do sakê! Aquela bebida sobe que nem um foguete. Cuidado! Especialmente se você for o convidado. Portanto não fique “alto ou ligeiramente bêbado”!
BARES E RESTAURANTES
Alguns poucos restaurantes já cobram gorjetas, mas não é comum. A gorjeta ainda é considerada um insulto. De acordo com o pensamento nacional, o serviço solicitado deve cobrir o preço estipulado!
Normalmente os drinks e coquetéis são amargos. O japonês não é adepto de bebida doce. A cerveja japonesa é bem gostosa e tem várias marcas. E os vinhos possuem excelente qualidade. Em Tóquio é possível encontrar alguns wine bars bem interessantes!
Para mim, os melhores restaurantes japoneses (típicos) são os pequenos e possuem balcões. Muitos destes restaurantes possuem cardápio com fotografia. Eles estão em todos os locais. Nos famosos bairros de Tóquio ficam no 2.º ou 3.º andar dos prédios. Então, olhe para cima! Principalmente se estiver em Shibuya ou Sinjuku!
Para histórias sobre bares e restaurantes, leia: No balcão em Pont-cho: uma famosa ruela em Kioto
Agora, se você for aquele turista que não gosta de experimentar, não tem problema! Em todo lugar existe Mac Donald’s, Domino’s e Starbuck!
COMIDA E OS FOOD COURTS
Graças à Deus o japonês não vive só de sushi e sashimi! Eu não sou adepta de peixe cru e das algas e raízes japonesas e nunca passei aperto no Japão.
Nos subsolos das grandes depatos (lojas de departamento) em Tóquio, existem as “Food Court” – praça de alimentação. Ali não se come. Só compra! São enormes corredores lotados de balções take-away onde tudo o que você pensar no quesito comida, desde sushi, shasimi, frutos do mar, arroz, porco, boi, frango e vários tipos de saladas, você encontra!
Os doces – maravilhosos em sua disposição e design, não são como os nossos! O gosto é muito diferente. Quase nada de açúcar e com sabor bem peculiar!
Os pães artesanais são deliciosos. Muitas das “padarias” estão localizadas nos corredores das estações de metrô. Ah! Se você tiver sorte é possível encontrar pão de queijo com sabor e gosto bem mineiro!
O ARROZ E O PEIXE
O arroz (unidos venceremos e com pouco sal) é a base da alimentação. Ele é considerado o alimento mais importante para os japoneses e é servido em todas as refeições, inclusive no café da manhã junto com a salada.
Para quem não sabe, o arroz é o único produto agrícola que abastece a demanda interna. O arroz que faz parte da história e da cultura japonesa está associado às festas e comemorações tradicionais do país. A rizicultura, até o século 19, foi uma das principais atividades econômicas do Japão. Hoje, a rizicultura recebe grandes subsídios do governo.
Os peixes e frutos do mar também fazem parte da cultura e da culinária japonesa.
Infelizmente o peixe (insumo para o sushi) está caindo no Japão. Estudos do Ministério da Pesca Japonês aponta que em 2001, uma pessoa comia 40 quilos de peixe por ano. Agora são 26 quilos/ano. Vários são os motivos: o número de pescadores decaiu, a população aderiu ao consumo de alimentos de rápido preparo, a ocidentalização e a preocupação com a qualidade do pescado (especialmente depois do último tsunami e de Fukushima). O japonês come hoje 30 kg de carne/ano.
Os legumes, frango e carne são muito utilizados na culinária japonesa. Entretanto a produção não é suficiente para abastecer o mercado interno, fazendo com que os preços dos alimentos no Japão sejam bem salgados!
SAPATOS E MEIAS
Nunca use meias velhas. E especialmente furadas pois você passará vergonha! É costume tirar os sapatos na entrada das casas, nos hotéis, nos templos. Existe um rack ou prateleira para guardá-los. Senão, deixe-os onde todos deixam! Ás vezes, chinelos estão disponíveis. Então use-os! Eles são feios e tem um design bem antiquado. Mas é assim mesmo!
Ah! Não use chinelos ao pisar no tatame. E nunca fique descalço! Ali só é possível transitar de meias.
A ideia é manter a sujeira da rua longe dos ambientes fechados!
BANHEIROS E BANHOS
Usar um banheiro no Japão é uma experiência pra lá de interessante! Sou da filosofia: “Uma vez em Roma, fale, coma e durma como um romano”! Ou “Minha casa, minhas regras”! Então, tente se adaptar!
Não faça barulho e nem converse enquanto estiver usando o toilet. Não espalhe água ao lavar as mãos. Não deixe nada sujo ou molhado para o próximo usuário! O senso de coletividade no Japão é forte!
Existem 2 tipos de banheiros no Japão. O estilo internacional, bem tecnológico com o vaso sanitário igual ao nosso mas acrescido dos muitos botões. Cada botão tem um propósito. Aconselho a experimentá-los, mas não dentro de um shopping, restaurantes ou depatos (lojas de departamento). Veja se seu hotel tem um vaso com os botões. Você se surpreenderá!
Ah! Alguns tipos de vaso sanitário possuem acento quentinho, tampa que levanta automaticamente e toca músiquinha.
Tem também aquele do buraco no chão. Ele é apelidado de motoca ou cavalinho. Antes de agachar veja se tem a barra de segurança para levantar. O impulso com a roupa abaixada pode ser um problema! Para usá-lo veja o lado mais alto, (abaixe ou levante sua roupa) e agache! Os orientais gostam deste modelo por ser mais higiênico. Vale a pena tentar!
Não estranhe se você deparar com chinelos nas portas dos banheiros em alguns lugares. É para ser usado! Não se preocupe com o papel higiênico. Raramente faltará!!! Mas é comum não ter tolhas de secar às mãos nos banheiros! É por isto que os japoneses carregam lenços de pano ou de papel!
Os hotéis de bandeiras internacionais possuem chuveiros. Mas alguns hotéis, as casas japonesas ou os ryokan (hotéis japoneses que eu adoro e onde me hospedo!) possuem banquinhos, chuveirinhos e banheiras! É o chamado banho “Sentô”. Ele é “pensado” para você se lavar, enxaguar, relaxar e enxaguar novamente. A temperatura da água é quente: 40º C.
O SENTÔ
No “Sentô” existe separação de mulheres e homens. É possível encontrar spas unisex, mas não é comum! Enfim, as portas de entrada do local possuem bandeiras azuis (homens) e vermelhas (mulheres). Lembre-se: é um local coletivo! Ao entrar, existe uma sala com estantes ou escaninhos. Tire toda sua roupa de forma ordenada, dobre e coloque na prateleira ou cesta. Pegue sua toalhinha fina e comprida e vá para a próxima porta.
Haverá uma sequência de espelhos, banquinhos e chuveirinhos! Sente-se no banquinho e com o chuveirinho se molhe. Depois ensaboe usando na toalhinha o sabonete líquido que está á sua frente. Se quiser, lave os cabelos usando o xampu e condicionador que também está á sua frente! Enxague. Não deixe sabão no corpo. Então, pegue sua toalhinha e lave-a. Depois siga para a banheira de água quente.
Só é permitido entrar nesta banheira (ou piscina rasa) quando o corpo estiver limpo. Você não pode mergulhar na banheira e nem colocar sua toalhinha naquela água. Fique ali o tempo que desejar. Depois levante e siga novamente para o banquinho. Sente-se e enxague novamente. Seque com a toalhinha da melhor maneira possível e vá vestir sua roupa!!!
Para saber mais detalhes deste banho, leia: Uma casa de banho japonesa
Abaixo fotos da sequência de um banho sentô: escaninhos, banquinhos com os espelhos e chuveirinhos á frente, piscina rasa e lugar para secar os cabelos!
FUTONS
Pois é…Durante minhas estadas no Japão, sempre optei pelo estilo japonês. Mesmo sendo diferente do meu costume e das minhas raízes, tento me adaptar. Assim foi com a cama japonesa. Praticamente em todos os lugares que fiquei (ryokan), dormi ao estilo japonês. Às vezes, o futon era tão fino que minhas costas doíam ao levantar.
Enfim… Para o japonês, dormir próximo ao chão traz a certeza de que a terra irá absorver e renovar as energias. Isto garantirá um sono tranquilo!
O futon, nada mais é do que um acolchoado com espessura aproximada de 5 cm, preenchido com lã, algodão ou material sintético. Ele fica no chão sobre um tatame ou esteira. Depois de usados são enrolados e guardados nos armários!
Na verdade, o conjunto de cama japonesa inclui um colchão (shikibuton), um edredon (kakebuton) e uma almofada (makura).
É comum haver desenhos nos futons. São desenhos que rementem à cultura japonesa. Normalmente são árvores e flores: cerejeiras para ser mais exata, pois ela representa o amor, a felicidade e a renovação da vida!
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