Patricia Lamounier – Adoro ditados e acho este perfeito: “o peixe morre pela boca!” Sempre fui cheinha, fofinha e nas viagens, além de não fazer exercícios nunca me preocupo muito com o que como e bebo. O resultado é que sempre volto inchada, com as roupas apertadas e com alguns quilos a mais na balança!
É muito difícil para mim “controlar a boca” principalmente quando estou viajando. Minhas memórias afetivas estão diretamente ligadas à mesa! Amo conversar com pessoas queridas ou interessantes normalmente jantando em um bom restaurante ou degustando uma torta ou croissant em um café ou bistrô bem descolado.
Pedi recentemente “um help” à Márcia Braga para entender o que eu estou fazendo a mais ou a menos quando viajo. Márcia é graduada em nutrição (CRN 10518) pelo Centro Universitário UNA – BH e pós-graduada em Nutrição Clínica pela Faculdade São Camilo e atua na indústria alimentícia como empresária e atendimento clínico.
De acordo com Márcia, “viajar em férias é sempre uma experiência inesquecível e deve ser prazerosa e agradável. Portanto quando viajamos, alteramos a rotina e isso, afeta a alimentação. Para pessoas com peso normal isso não é um problema, porém uma viagem pode atrapalhar a vida de quem sofre para se manter no peso (principalmente para pessoas que têm dificuldade para se manter no peso).”
A nutricionista é categórica ao afirmar que em uma viagem de férias devemos sempre provar ou experimentar os sabores locais. Os hábitos alimentares das diversas regiões nos remetem ao conhecimento gastronômico e cultural, sendo isto bastante interessante e até mesmo prazeroso. Mas pondera que, apesar de alguns tipos de alimentos serem prejudiciais à saúde (frituras, doces, refrigerantes, snacks, sanduíches gordurosos….), é difícil restringir completamente o consumo deles, principalmente em férias.
Turismo e gastronomia são indissociáveis. Viajantes sempre têm boas histórias para contar e recordações dos comes e bebes para descrever. Afinal, são “ingredientes” que confortam alma e espírito.
Uma dica bacana que Márcia dá “ é planejar as refeições do dia, pesquisar com antecedência os restaurantes (e os cardápios) que existem na região, fazer reservas. Além disto para não ficar horas sem comer, levar um lanchinho saudável na bolsa é sempre útil. Este lanchinho pode ser uma fruta, uma barra de cereal ou até mesmo um mini sanduíche preparado no café da manhã”.
Como evitar problemas alimentares em viagens
. Não descuide da hidratação. Dê preferência à água mineral. Água é essencial para o transporte de nutrientes no organismo e hidratação. A orientação é ingerir 30 ml de água por quilo de peso no dia, o que equivale a cerca de dois ou três litros de água por dia. A água não deve ser substituída por refrigerantes, sucos, especialmente os industrializados, e muito menos bebidas alcoólicas;
. Cuidado com consumo exagerado de bebida alcoólica. Álcool engorda: 1 g de álcool tem 7 kcal, contra 9 kcal por grama de gordura; e 4 kcal por grama de carboidratos e proteínas. Ainda existe o risco da famosa “ressaca”, que pode não deixar você aproveitar seu passeio;
. Experimentar a gastronomia local dos lugares é interessante, porém, a comida típica muitas vezes tem ingredientes diferentes. Não é viável exagerar. Caso isto aconteça procure compensar com caminhadas;
. Cuidado com os “petiscos” e “grandes porções”, porque acaba que comemos mais que necessitamos. Verifique seu cardápio para não exagerar.
O equilíbrio alimentar sempre propicia um maior bem estar. Isto fará você desfrutar e aproveitar melhor sua viagem!
Fonte: Márcia Braga – marciabraganutri@gmail.com
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