San Pedro de Atacama: como ir e onde ficar hospedado

Patricia Lamounier (texto & fotos) – Sempre quis conhecer o Atacama. Depois que uma querida amiga escreveu para o blog a matéria Deserto de Atacama: não era minha opção mas foi uma boa surpresa! e outra amiga perguntou se poderíamos ir, não tive dúvidas! Comecei a busca por informações para o Atacama: como ir e onde ficar. Em menos de 7 dias nossa viagem estava organizada.

San Pedro de Atacama é a cidade mais visitada da região norte do Chile. Esta pequena cidade, construída em adobe tem uma energia incrível!

Situada a 2.438 m acima do mar, a cidade fez parte da rota comercial do planalto para o litoral no período pré-colombiano. Portanto, não estranhe se seus guias forem graduados em história ou arqueologia. Muitos jovens formados, por opção de uma vida despojada ou por não encontrarem trabalho em suas especializações nas grandes cidades, decidiram mudar para San Pedro do Atacama para ficarem perto de seus desejos!  Invejo-os!!!

Jovens pelas ruas de San Pedro de Atacama (Patricia Lamounier)

ATACAMA COMO IR E ONDE FICAR

Pátio interno do Hostel Casa de Huéspedes Turipite (Patricia Lamounier)

A despojada San Pedro de Atacama sofre ainda com os problemas clássicos das cidades pequenas e turísticas. Mas pelo que pude constatar, mais e mais hostels e hotéis estão pipocando dentro ou fora do centrinho (perto da praça principal). Se você não for tão preguiçosa (o), tudo fica resolvido com uma pequena caminhada!

Hoje estão credenciados mais 266 locais de hospedagem!

Quando comecei as buscas por hostels, eu não sabia em qual ficar pois a indicação que tinha,  fechou. Recorri ao Booking.com. Não sou tão tecnológica assim… Acho que sempre vou fazer confusão na hora de efetuar a reserva!

Ao entrar no booking.com comecei a verificar preços, período, localização e principalmente comentários. O Hostal Casa Huéspedes Turipite me chamou a atenção. As notas de avaliação estavam ótimas e o preço dentro da média que estávamos dispostas a pagar. Fiz as reservas. Ali informava também que devíamos fazer uma pequena caminhada até a pracinha! Miki (minha amiga japonesa) e eu adoramos conversar. Então, caminhar não foi problema!

Quarto duplo com camas de solteiro e banho privativo.  Não me decepcionei. O hostel fica 7 minutos a pé da praça principal. No caminho de ida e de volta, a visão do Vulcão Licancabur, perfeito em sua simetria, sempre nos acompanhava. Miki chamava-o de Monte Fuji da América do Sul!

Eu na pracinha principal de San Pedro. Ao fundo, o Vulcão Licancabur (Foto: Miki Kuwano)

Os quartos desse hostel são simples com camas confortáveis, um pequeno armário e mesinha de centro. Os quartos são arrumados todos os dias. Roupas de cama e toalhas sempre limpas. O chuveiro com aquecimento solar era fantástico.  Qualquer problema pode-se recorrer à recepção diretamente.

Desculpem a bagunça do nosso quarto no Hostel Casa de Huéspedes Turipite  (Patricia Lamounier)

A cozinha fica na área coletiva, onde todos os dias o café da manhã é servido das 7h30 às 10h. Além do básico: iogurte, cereal, pão, manteiga, mel, geleia, 2 variedades de frutas, sucos, leite, café e chá, podíamos solicitar ovos mexidos ou omelete.

Cafe da manhã do Hostel Casa de Huéspedes Turipite (Patricia Lamounier)

O que mais me chamou a atenção durante nossa estada, foi a encarregada da cozinha e do café nos perguntar se estava tudo bem e se gostaríamos de comer algo diferente. Além disso, sempre checava se no dia seguinte sairíamos para algum passeio matutino.

Se o passeio fosse começar de madrugada, um sanduíche, um suco e uma barra de cereal estaria à nossa disposição embalados dentro da geladeira e etiquetados com os números dos quartos, para que não ficássemos com fome. Procedimento padrão. Mesmo sabendo que em alguns passeios o café da manhã está incluído, o lanche estaria preparado.

Podíamos usar a cafeteira sempre que quiséssemos para preparar café instantâneo ou chá à tarde ou noite. A cozinha podia ser usada a qualquer hora.

Se quiséssemos lavar algumas peças de roupa, o varal estava disponível e uma tina era cedida. Ou seja, ficamos muito à vontade e nos sentindo bem-vindas!

Adivinha o que fazia na minha primeira hora do dia (Arquivo Pessoal)

O pagamento foi feito no último dia diretamente ao dono do hostel, que apesar de não falar inglês perguntou se tudo correu bem e se gostaríamos de comentar algo para que o serviço fosse melhorado.

Como íamos ficar em San Pedro por 7 dias, depois viajar para a Bolívia por mais 4 dias e retornar a San Pedro para mais 1 dia, decidi fazer reserva deste último dia em um hotel na cidade. Achei que a mudança seria interessante, uma vez que mudaríamos de localização e deixaríamos a categoria hostel e passaríamos para hotel. Engano meu!!!

NEM SEMPRE A MUDANÇA É BOA!

Chegamos ao Hotel Corvatch por volta das 12h. Uma hora antes do nosso check-in. Estávamos cansadas da viagem à Bolívia (4 dias) e precisávamos usar os banheiros. A primeira coisa que a recepção nos pediu, além do comprovante de reserva, foi o pagamento. Mesmo não podendo ir para o quarto, pagamos, deixamos as malas na recepção e saímos para almoçar. Ao retornar, nossas malas continuavam na recepção!

Portaria e entrada do Hotel Corvatch (Patricia Lamounier)

Abro aqui um parênteses: achei que por ser um hotel com serviço diferenciado e já sabendo em qual quarto ficaríamos, uma vez que o quarto estivesse liberado, eles poderiam ter feito a cortesia de levar nossas bagagens!

Pode parecer frescura da minha parte, mas não é! Todos em San Pedro fazem com que os turistas se sintam queridos e importantes. Quando cheguei no Hostel Casa Turipite, eles pegaram nossas bagagens, ensinaram como chegar a cidade, indicaram um restaurante para comer, perguntaram se queríamos café ou chá e se precisávamos de algo…. Chegamos á noite!!!!

Quarto em que nos hospedamos no Hotel Corvatch (Patricia Lamounier)