Patricia Lamounier  (Atualizado em 14/08/2017) – Quando resolvi ir para Cuba, me perguntei quais vacinas tomar tomar para ficar protegida. É como aquele ditado: melhor prevenir do que remediar!!! Ao entrar nos sites referentes ao destino, notei que a vacina contra febre amarela era obrigatória!

Ao pesquisar, descobri que a vacinação não é só importante para a imunização do viajante, mas serve como proteção e segurança para comunidade de origem, impedindo a entrada de alguma doença no seu retorno. 

Alguns países ou regiões são mais endêmicos para algumas doenças. O ideal é vacinar com antecedência – mínimo de 4 a 6 semanas antes de viajar, para que o organismo tenha tempo de produzir anticorpos. Para febre amarela, são recomendados até 10 dias antes da viagem.

Para aqueles viajantes que desejam estar preparados são indicadas as seguintes vacinas: difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, febre amarela, hepatite A e B, catapora, tríplice viral, meningite e febre tifóide.

Vacinas exigidas, recomendadas e rotineiras

As vacinas exigidas são aquelas obrigatórias, ou seja, os governos dos países de destino exigem para ingresso no país ou em determinada área ou região. Hoje em dia somente a vacina de febre amarela é exigida, segundo o Regulamento Sanitário Internacional.

Pelo sim, pelo não, meu certificado fica na última página do meu passaporte e vai comigo para qualquer viagem que eu faça, mesmo que a vacina não seja exigida. 

As vacinas recomendadas são aquelas que conferem proteção contra uma variedade de infecções e cujo risco pode aumentar durante a viagem. Exemplo: meningite em algumas regiões da África e a poliomielite na Ásia.

As vacinas rotineiras são aquelas que normalmente tomamos, independente de qualquer viagem. Exemplos: a  tríplice –que previne sarampo, rubéola e caxumba – e a vacina contra tétano.

Febre amarela

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), não é mais necessário tomar o reforço da vacina contra a febre amarela, cada 10 anos. (O quadro abaixo, produzido pela Sociedade Brasileira de Imunização, não tinha sido ainda atualizado).

Esta foi uma polêmica levantada quando da epidemia de febre amarela que houve recentemente no Brasil. O que está valendo: as pessoas se vacinaram anos atrás e que se dirigem para outro país ou região que exige o documento, têm apenas que trocar o antigo Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), que é amarelo, pelo novo, branco.

Essa troca deve ser feita nos Centros de Atenção para Saúde do Viajante.

Em Belo Horizonte, o Serviço de Atenção à Saúde do Viajante funciona na Rua Paraíba, 890, Savassi. telefones: (31) 3246-5026, 3277-5300 (de 2ª a 6ª, das 9 às 12h e das 13h às 17h) e no Aeroporto de Confins, Terminal de Passageiros (01-Mezanino, salas 37/39) telefones: (31): 3368-2009, de 2ª a 6ª, das 9h às 12h e das 13h às 17h.

Países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação Contra a Febre Amarela

Austrália, África, Ásia tropical, Colòmbia, Cuba, República Dominicana/Punta Cana, Panamá, Cuba, Nicarágua, Barbados, Bahamas.

Para a Europa e Estados Unidos não é necessário o certificado. Atenção: pelas normas vigentes, quem vai para os Estados Unidos pela Copa Airlines e não vão sair do aeroporto, vão apenas fazer conexão, não precisam apresentar o certificado. Apenas se forem desembarcar no Panamá.

QUADRO DE VACINAS RECOMENDADAS PELA SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÃO

Vacina na vida adulta

Eu tive a oportunidade de ficar 3 meses na Itália, na cidade de Florença. Viajei por 7 dias para Viena/ Áustria. Não tive absolutamente nada neste período, exceto às vezes, um cansaço de tanto andar, visitando os pontos turísticos desta cidade.

Na segunda semana do meu retorno ao Brasil, logo após o banho notei certa vermelhidão no meu rosto e pescoço. Achei que fosse a água ou o novo perfume. Mas ao longo da manhã, as manchas vermelhas estavam por todo o corpo e começou uma dorzinha de cabeça.

O fato é que naquele dia passei por um clínico geral, um médico de família e fui encaminhada para o especialista em doenças raras. Ninguém conseguiu realmente identificar o que eu tinha!

Ao descrever os sintomas para uma amiga que nem médica é, ela diagnosticou como rubéola. Esta doença normalmente acomete crianças entre 5 e 9 anos. Não sei o que aconteceu, afinal tinha tomado a tríplice viral na infância. Enfim, ficou a dúvida: será que tive rubéola aos 35 anos?

O risco do tétano

O fato é que algumas doenças podem voltar a assombrar na vida adulta se a vacinação não tiver sido feita direito. Por exemplo, o tétano. Não é incomum que uma pessoa de 50, 60 anos não tenha tomado vacina contra tétano ou não tenha tomado a segunda dose, o que é necessário.

Ou hepatite B, o que seria desejável se ela vai para a região amazônica, uma das áreas de maior endemicidade do mundo para a doença, como diz nessa entrevista o médico infectologista João Silva de Mendonça ao dr. Dráuzio Varela. Vale a leitura.

Em Belo Horizonte, no Serviço de Atenção à Saúde do Viajante, quando fui tomar a vacina contra a febre amarela, fui muito bem atendida e pude colocar em dia outras vacinas. Mesmo que se enfrente um pouco de fila, ela anda rápido e você sai de lá prontinho para enfrentar os vírus desse mundão.

 

E você? Já passou por alguma situação parecida?

Deixou de tomar alguma vacina e passou aperto na viagem? Conte pra gente nos comentários!