Patricia Lamounier  – (fotos: Patricia Lamounier e Sectur Diamantina/ Zeleo) – Duas vezes por mês, de abril a outubro, nas sacadas dos casarões seculares da Rua da Quitanda, músicos de diferentes idades da Banda Mirim Prefeito Antônio de Carvalho e da Banda do 3º Batalhão da PMMG tocam músicas do cancioneiro popular sob a regência do maestro em meio ao público. Com certeza a Vesperata é o mais tradicional evento de Diamantina!

A programação para 2019 já saiu. Vale a pena se organizar para passar um final de semana nesta cidade histórica tão charmosa e conferir o espetáculo!!! Você vai adorar!

    Abril         6 e 27
    Maio          4 e 18
    Junho         1, 22 e 29
    Julho         13 e 20
    Agosto        3, 17 e 31
    Setembro          14 e 28
    Outubro          5 e 19

 

Enfim, de sexta à noite a domingo de manhã, Diamantina é pura seresta! Pura música!

Já na noite de sexta, turistas podem acompanhar os seresteiros que percorrem a pé as ruas do Centro Histórico, tocando e cantando. No Mercado Velho, junto com a venda de pratos típicos da região, outros músicos se apresentam.

No sábado, o melhor é dedicar o dia conhecendo a cidade. Afinal, existem tantos museus, tantas igrejas e tantas curiosidades para se ver e conhecer! Uma ótima pedida no final da manhã é passar novamente pelo Mercado Velho. Produtos típicos da região e artesanato local estão à venda ali, com mais música ao vivo!

Feira no mercado velho

Sábado de manhã no Mercado Velho, Diamantina (Patricia Lamounier)

Mas isso também tudo pode ser deixado de lado para um passeio às cidades vizinhas. São Gonçalo do Rio das Pedras (34 km), Váu (27,5 km),  Milho Verde (42 km), Curralinho (11 km) e Biribiri (15 km) estão bem pertinho de Diamantina.

Igreja de Milho-Verde

Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Distrito de MilhoVerde (Patricia Lamounier)

A partir das 19h, na Rua da Quitanda, começa o movimento da Vesperata,  com os turistas chegando às mesas e fazendo os pedidos dos “comes e bebes”. Para apreciar melhor e proporcionar maior conforto aos turistas, mesas e ingressos são disponibilizados e devem ser comprados com antecedência.

A empresa de turismo contratada pela Prefeitura de Diamantina para realizar a comercialização das mesas é a Minhas Gerais, com escritório na Rua da Quitanda, 22, 1ºandar. Pode ser contactada também pelo e-mail: faleconosco@minhasgerais.com

O espetáculo também pode ser visto de um cantinho da calçada, caso você não tenha reservado uma mesa. Chegue cedo para descobrir um local maneiro junto às laterais do evento. A vesperata começa às 20h.

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Noite de Vesperata na Rua da Quitanda ( Sectur Diamantina/ Zeleo)

Ao término da Vesperata, se ainda se animar, tem o baile do Geraldo, no Clube do Acayaca ali mesmo na Rua da Quitanda. É o Baile da Amizade!  Se desejar comer algo, restaurantes e bares não faltam nas redondezas.

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Fachada do Clube Acayaca onde acontece o Baile da Amizade após a Vesperata (Bruno Rodrigues)

No domingo pela manhã, a escola de música Arte Miúda se apresenta na Igreja de São Francisco. Chegue mais cedo para conseguir um lugar nos bancos e leve um lenço! É de emocionar!! Cheque a programação do Arte Miúda no hotel ou na sede  escola, na Rua da Glória, 252. Às vezes a apresentação acontece em outra igreja. Os ingressos podem ser adquiridos no local.

COMO SURGIU A VESPERATA

A Vesperata teve sua origem no século XIX, quando o Maestro João Batista Macedo reorganizou a forma das bandas de músicas tocarem nos espaços abertos da cidade, dando destaques aos solistas nas sacadas das casas coloniais.

O nome surgiu dos pequenos concertos que aconteciam nas vésperas (parte da Liturgia das Horas), do século XIX, quando os artistas se postavam nas sacadas das casas, tentando ganhar a admiração dos passantes.

Em 2010, o Governo Federal homenageou o evento com o Troféu Roteiros do Brasil pela promoção da sustentabilidade cultural do município, devido à fomentação do turismo, economia e comércio local.

Através da Lei 22.456, de 2016, a Vesperata de Diamantina foi declarada Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais, pela contribuição do espetáculo para a manutenção das bandas de música e preservação da musicalidade no Estado. (Fotos abaixo: Sectur Diamantina/ Zeleo)

 

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